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Fundado em 1953, na capital do estado do Rio de Janeiro, o hospital de Jurujuba, em Niterói, foi criado para ser referência no tratamento a doenças mentais da época, oferecendo inclusive tratamento com lobotomia. Entretanto, rapidamente foi usado como depósito de loucos e marginalizados levados pela polícia e outros orgãos estatais.

No final dos anos 80, com a redemocratização, a nova constituição, e o início da reforma psiquiátrica, a direção do hospital mudou e ele foi municipalizado. Durante um longo período que envolveu muito cuidado coletivo, esforço dos profissionais e afeto, o HPJ se tornou referência no tratamento da saúde mental no Brasil.  Hoje, as portas de saída estão muito mais abertas do que as portas de entrada e as paredes que fechavam os marginais em um mundo paralelo, agora se aproximam do mundo “normal”.

Esse trabalho é uma documentação de um momento histórico na reforma psiquiátrica no Brasil em que os paradigmas que são relacionados à denúncia e à exposição ao horror da manicomialização ao mundo já estão parcialmente superados. Minha proposta é mergulhar o leitor dentro desse universo que é paralelo da realidade normatizada. É fazer o caminho inverso da exclusão social, mas do jeito mais íntimo possível, que permita um entendimento individual do que se entende pela loucura. É buscar um lugar onde o louco caiba. É desconstruir as respostas e das lugar às perguntas. 

Projeto em desenvolvimento desde 2017.

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